A imigração dos paquistaneses para Portugal tem aumentado nos últimos anos, mas o país é frequentemente visto como uma etapa temporária em sua jornada migratória. Um dos principais fatores que levam esses imigrantes a deixarem Portugal após obterem a nacionalidade é a baixa remuneração no mercado de trabalho. Muitos acabam se mudando para países como
A imigração dos paquistaneses para Portugal tem aumentado nos últimos anos, mas o país é frequentemente visto como uma etapa temporária em sua jornada migratória.
Um dos principais fatores que levam esses imigrantes a deixarem Portugal após obterem a nacionalidade é a baixa remuneração no mercado de trabalho.
Muitos acabam se mudando para países como Espanha, Alemanha ou Reino Unido, onde os salários são mais altos, apesar dos desafios adicionais de integração.
O presidente da Associação dos Paquistaneses Expatriados, Gazanfar Javid, destaca a importância de fortalecer a integração dessa comunidade em Portugal.
Ele propõe a criação de uma sede comunitária e um maior investimento no ensino da língua portuguesa como forma de reduzir a tendência de saída dos imigrantes.
Segundo Javid, aprender português e se envolver na sociedade local pode contribuir para a construção de vínculos mais sólidos e incentivar a permanência.
Além dos salários baixos, os elevados custos de moradia representam outro obstáculo significativo para os paquistaneses que desejam permanecer no país.
A crise habitacional em Portugal tem dificultado o acesso a moradias acessíveis, tornando a permanência ainda mais desafiadora.
Muitos imigrantes, enquanto aguardam a obtenção da nacionalidade portuguesa, recorrem ao empreendedorismo para garantir seu sustento antes de buscarem oportunidades em outros países europeus.
De acordo com o relatório de Migrações e Asilo de 2023, divulgado em 2024, Portugal registrou 17.148 cidadãos paquistaneses no país, sendo que 6.869 receberam autorizações de residência no último ano.
No entanto, as autoridades do Paquistão estimam que o número real de paquistaneses em território português chegue a cerca de 30 mil, considerando aqueles que ainda aguardam a regularização de sua situação migratória.
A implementação de políticas públicas voltadas para a valorização profissional e a melhoria das condições habitacionais pode ser essencial para incentivar a permanência dessa comunidade em Portugal.
Sem medidas concretas, o país continuará sendo apenas um ponto de passagem para muitos paquistaneses em busca de melhores condições de vida na Europa.
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